quarta-feira, 3 de junho de 2009

Plantão Proziando - Acidente com Airbus da Air France

O vice-chefe do Centro de Comunicação Social da Força Aérea Brasileira (FAB), coronel Jorge Amaral, afirmou que a aeronave R-99 identificou, às 3h40 (horário de Brasília), mais quatro pontos de destroços, a 90 km da região em que caiu o Airbus da Air France com 228 pessoas a bordo.Segundo Amaral, foram localizados vários objetos espalhados numa área circular de 5 km de raio, entre eles, um objeto de 7 m de diâmetro e dez objetos metálicos. O avião da Aeronáutica identificou também uma mancha de óleo de 20 km de extensão."Ainda não temos essa confirmação de nome da aeronave (da Air France nos destroços encontrados). Sobre essa peça de 7 m, pode ser da lateral do avião, um pedaço de asa, qualquer parte de fuselagem, parte da cauda, não sabemos ainda. Porém, um pedaço de 7 m, aparentemente metálico, é um pedaço considerável"O coronel afirmou ainda que a Aeronáutica continua trabalhando com a possibilidade de sobreviventes. "Nossa filosofia é continuar. Temos que continuar. Até que a aeronave seja identificada e que a forma de se encontrar destroços indique que é tecnicamente impossível de ter sobreviventes, nós vamos sustentar filosoficamente em termos de salvamento que há a possibilidade de sobreviventes". Já quando questionado sobre a localização de corpos, o coronel disse que "não foram encontrados ainda".Durante a madrugada, outras cinco aeronaves militares decolaram de Natal com destino à área de buscas: três C-130 Hércules da FAB, um P-3 Orion da Força Aérea dos Estados Unidos e um Falcon 50 francês. As aeronaves sobrevoarão cada ponto identificado pela aeronave R-99, a fim de se obter maiores informações dos objetos detectados, de acordo com a FAB. Outras onze aeronaves estão mobilizadas em Natal e em Fernando de Noronha. O navio Patrulha Grajaú, da Marinha brasileira, chegou antes das 10h na região onde a Força Aérea Brasileira (FAB) localizou os destroços do Airbus, de acordo com informações da FAB. A embarcação está sendo monitorada por aviões da Aeronáutica e até agora não localizou partes da aeronave da Air France, que transportava 228 pessoas quando se acidentou no oceano Atlântico.

Outros quatro navios da Marinha partiram em direção à região. Além deles, três navios mercantes - dois holandeses e um francês - estão auxiliando na busca de destroços, segundo o vice-chefe do Centro de Comunicação Social da FAB, coronel Jorge Amaral.O material coletado será levado pelas embarcações da Marinha a até 250 km de Fernando de Noronha (PE). De lá, helicópteros levarão o material até a ilha, onde peritos da Polícia Federal (PF) e do Instituto Médico Legal (IML) farão uma primeira análise. De acordo com o coronel, posteriormente o material será levado à Recife para uma análise mais aprofundada. Autoridades do governo da França, que investigarão as causas do acidente, poderão requisitar as partes do avião. "É possível que as peças sejam levadas pela França", diz Amaral.O Centro de Coordenação de Resgate de Dacar, no Senegal, enviou um documento para o Salvaero de Recife agradecendo os esforços do Brasil e informando sobre o encerramento das operações de busca na FIR Dakar, segundo a FAB. No entanto, continuarão a contribuir com a operação de busca do Brasil, com a coordenação de aeronave AWACS (aeronave radar) da Força Aérea Francesa, que sobrevoará uma área no limite da FIR Dakar com a FIR Atlântico (Brasil), em busca de objetos sobre a superfície do oceano.
"Entendemos que os franceses estão percebendo que a concentração de peças está do lado do Brasil. Eles entendem que não há necessidade de manter todos os meios operando nas buscas, porém, uma aeronave radar francesa continuará ajudando a varrer a fronteira (entre o espaço aéreo sobre o mar que pertence ao Brasil e o espaço sob responsabilidade de Dacar, capital do Senegal)"Airbus não cumpriu plano de altitude.
Reportagem assinada por Alan Gripp e Igor Gielow na edição desta quarta-feira da Folha afirma que os pilotos do AF 447 não seguiam a altitude prevista em seu plano de voo quando a aeronave foi registrada pela última vez pelo radar de Fernando de Noronha, às 22h48 (horário de Brasília) do domingo.De acordo com a reportagem, o plano de voo previa que o Airbus subisse 35 mil pés (10,7 km) para 37 mil pés (11,3 km) depois de passar pelo ponto virtual Intol (565 km ao norte de Natal), mas o avião se manteve a 35 mil pés à frente do ponto, segundo informou a FAB no dia do acidente.Para Amaral, não é possível afirmar que isso tenha sido a causa do acidente. "Como piloto que sou - e quem é piloto sabe disso - sei que a modificação de nível de voo é comum em qualquer rota. Quando vou ao Rio de Janeiro e encontro pequenas turbulências, por exemplo, eu solicito ao controle subir ou descer de acordo com a minha capacidade (do avião). Isso é normal", diz."Essa mudança de nível não acarreta em nada. Uma aeronave como essa, de longas distâncias, faz um procedimento de subida por degraus. Ao sair da origem ela está muito pesada, com muito combustível, e o perfil da aeronave não permite que ela vá para os níveis ideais mais altos de voo. À medida em que vai consumindo combustível, ela pode ir subindo para níveis superiores. Isso é perfeitamente normal", acrescenta o coronel.Ao ser questionado sobre informações que o Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) teria a respeito da possível mudança de altitude, o coronel afirmou que o trecho foi monitorado, mas que as informações "só serão divulgadas pela comissão de investigação de acidentes". "Não posso ultrapassar barreiras. Somos uma instituição séria, que não pode brincar com informação e com familiares. Ao colocarmos para a imprensa a posição da Força Aérea é porque essa posição foi tomada após uma série de avaliações", diz."Vamos avaliar essa informação sobre a mudança de altitude e no momento adequado divulgar para a imprensa", afirmou o coronel Amaral, acrescentando que até onde o radar captou informações a aeronave cumpriu o planejado.

Agradecimento: Site Uol

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